terça-feira, 31 de março de 2009

segunda-feira, 30 de março de 2009

É claro que você quer alguém!


É fácil entender que sempre existe no mundo uma pessoa que espera a outra, seja no meio de um deserto, seja no meio de grandes cidades. E quando estas pessoas se cruzam, e seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perde qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gêmea para cada pessoa. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.
"MAKTUB"
[O Alquimista – Paulo Coelho]
~ O quanto necessito de outras pessoas para me julgarem é inversamente proporcional ao quanto eu quero que qualquer um o faça.



Técnicos num Carro



Quatro técnicos estão em um carro, quando de repente ele pifa.
Cada um dá o seu diagnóstico:
Técnico em mecânica: A caixa de câmbio deve ter estourado.
Técnico em química: Não concordo. O problema está na composição do combustível.
Técnico em eletricidade: Nada disso! É a bateria que está descarregada.
Técnico em informática: E se a gente entrasse e saísse de novo?


~ Porque você é bobo, mas me ama!

domingo, 29 de março de 2009

Sobre o alucinado ofício do jornalismo.

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.
Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.
Niguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja a obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

(Gabriel Garcia Márquez)
E a atitude que acaba me consolando é a menos ética e mais patética possível, mas é a que funciona: eu olho ao redor e vejo que tudo poderia ser bem pior. E vejo que mesmo tropeçando e me escondendo, eu tô construindo alguma coisa aqui. Não sei direito o que vai ser, e nem confio plenamente nas bases onde tô apoiando a estrutura, mas a gente tem que pagar pra ver, não é? Mesmo me mostrando forte, e o sorriso amarelo não parecendo tão amarelo, às vezes eu acho que tudo é muito complicado, mesmo quando a gente tenta fazer com que fique simples. E a vontade que eu tenho é de não existir. Entrar na minha concha, dormir no quentinho das minhas cobertas e não acordar nunca mais. Um pouco é reflexo da minha preguiça e covardia. Todo mundo, ou pelo menos muita gente, deve ter esses pensamentos. E alguma coisa sempre mantém a gente seguindo em frente. No meu caso, deve ser aquilo que eu gosto de definir ingênuamente como otimismo, aquele sussurro que me diz que ainda vai ficar tudo bem. Não sei como nem onde, mas essa é uma das poucas coisas, senão a única, em que eu tenho fé. Infinitamente acordo desta tristeza branca, encardida, sentindo que é hora de partir. Partir pra algum lugar onde eu não me (re)conheça, e eu juro que tento. Aperto o que resta nos bolsos, ensaio, até parto, mas minhas pernas não obedecem e eu nunca vou muito longe, eu não consigo me abandonar, não consigo não acordar sem o braço formigando com sede de sangue, não consigo não sair pra rua, não encontrar com a lua, não saber que a noite vai chegar, a chuva vai voltar e mais uma vez eu vou ter medo de ter medo, medo de que em um determinado momento eu me esqueça de quem fui, de qual o caminho vai me fazer voltar. Definitivamente, sem sentimentalismos hoje! Talvez eu volte novinha em folha. Talvez amanhã eu sinta saudades e depois de amanhã eu já esteja por aqui de novo, mas agora não tenho forças pra sentimentalismos. Tenho que deixar a casa cair e voltar inteira outra vez, mais tarde, talvez. Nada, nunca foi definitivo na minha vida.

Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo .

Essa sou eu. De carne, osso e sentimento. De humor, amor, carinho, confiança, compreensão, lealdade, veracidade, humildade, paz... pijama, mini saia, jaqueta, blusinha, camisinha, jeans, rímel e baton, uniforme da Viação, Unimed, Banco Real ou Sorocred, como você preferir. Mas, eu também fico triste, me magou, menstruo, tenho calos, unha quebrada, espinhas, cravos e adereços [...] Acredito no que me disser até que se prove o contrário e isso não é difícil. Pode acreditar.



~ Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo!